A solução para a volatilidade das cadeias de abastecimento
Atualmente, verifica-se uma grande volatilidade de curto prazo na gestão das cadeias de abastecimento, motivada por disrupções provocadas por uma sucessão de fenómenos internacionais. Como tal, a previsibilidade é reduzida e há eventos que provocam um grande impacto na produção e montagem de produtos, relacionada com dificuldades de programação das unidades de produção, do fornecimento de materiais e componentes, da eficiência do transporte, da qualidade das matérias-primas e de muitas outras dimensões das cadeias de abastecimento. Para fazer face a estas circunstâncias, as empresas têm de complementar o convencional planeamento e sistemas de previsão de médio prazo - ainda bastante relevantes nos dias de hoje - com uma capacidade de resposta imediata mais robusta.
Volatilidade na cadeia de abastecimento
De acordo com um estudo da NTT DATA, que relaciona modelos ágeis com a volatilidade na cadeia de abastecimento, 88% das companhias revelam que a variação da procura foi superior a 25% do que estava previsto, e que o custo dos materiais de embalagem e transporte é onde se tem verificado a maior variação de custo, devido à inflação. As empresas confirmam que a falta de informação dinâmica, de visibilidade e de dados em tempo real são as principais barreiras a uma resposta ágil à crescente volatilidade.
Para responder a isto, várias empresas começaram a investir em soluções para mitigar a volatilidade, mas ainda não cobrem a totalidade da cadeia de abastecimento. Falta no fundo uma torre de controlo ou Control Tower!
Control Tower
A Control Tower é uma solução que combina tecnologia de tempo real para combater a volatilidade e manter uma resposta de alta performance das organizações. A Control Tower oferece alertas visuais e painéis de informação sobre o ponto de situação das fábricas e serviços de transporte, e permite desencadear ações de mitigação e contingência para riscos não previstos, garantido uma resposta ágil aos principais stakeholders da cadeia de abastecimento.
Estas torres de controlo já estão a ser utilizadas por diversas empresas na recolha e tratamento de dados operacionais em tempo real, ao longo dos ecossistemas de negócio. O objetivo é obter maior visibilidade e garantir que as decisões tomadas pelos decisores são baseadas na informação mais correta possível, melhorando assim a tomada de decisão, a cada momento. Uma solução baseada em inteligência artificial, que facilita a gestão do risco e reduz o tempo de reação a disrupções na cadeia de abastecimento, de dias para minutos.
Como se criam estas torres de controlo?
A construção destes mecanismos de controlo desenvolve-se em três fases:
Fase de Deteção: Na qual a informação é centralizada e são criados os alertas necessários, para oferecer às organizações os dados da cadeia de abastecimento em tempo real;
Fase de Análise: Etapa na qual são identificados os bottlenecks, ou pontos de tensão da cadeia de abastecimento, com base nos alertas identificados anteriormente e na qual se analisa e simula ações de mitigação (e.g. root cause analysis)
Fase de Ação: Esta é a fase em que são automatizadas as ações, são propostas recomendações (baseadas em inteligência artificial) e na qual fica registado todo o processo e respetivas decisões.
Quais são os fatores críticos de sucesso de uma Control Tower?
- Qualidade de dados: A qualidade dos dados influencia diretamente o nível de visibilidade que pode ser alcançado, bem como os insights para suporte à tomada de decisão;
- Dados que sejam acionáveis: Informação que tenha consequência em ações, assegurando que os dados são de fácil compreensão e aplicáveis a atividades e problemas comuns.
- Cultura de gestão da mudança: A implementação de uma torre de controlo implica um compromisso por parte da empresa, pois ao alterar o status quo da tomada de decisão, no que toca ao planeamento e mudanças na operação, precisa também de alinhar as mentalidades relativamente à introdução desta ferramenta.