Hiperautomação na Banca: resiliência e adaptabilidade da infraestrutura em tempo real | NTT DATA

ter, 21 outubro 2025

Hiperautomação na Banca: resiliência e adaptabilidade da infraestrutura em tempo real

No setor bancário, a hiperautomação torna a infraestrutura digital estratégica, escalável e inteligente — com segurança e agilidade garantidas.

Para os líderes tecnológicos do setor bancário, a gestão de infraestruturas digitais deixou de ser uma função de suporte para se tornar um eixo estratégico da competitividade. Num setor onde a confiança, a segurança e a agilidade são inegociáveis, a hiperautomação emerge como um catalisador de transformação, redefinindo a forma como os bancos escalam operações, garantem resiliência e otimizam recursos em ambientes cada vez mais complexos. 

A hiperautomação estende a automação tradicional ao integrar ferramentas de orquestração e gestão de configuração com inteligência artificial e análise preditiva. Esta combinação permite automatizar não apenas tarefas operacionais, mas também processos complexos de infraestrutura, promovendo maior eficiência, consistência e escalabilidade nas operações de TI. 

Para CIOs e CTOs, isto significa a possibilidade de desenhar infraestruturas que se otimizam automaticamente, sendo capazes de antecipar falhas, ajustar cargas de trabalho e escalar serviços em tempo real, sem comprometer a segurança ou a conformidade. 

Escalabilidade em tempo real 

Na banca, escalar não é apenas crescer — é fazê-lo com controlo, previsibilidade e conformidade regulatória.  

A hiperautomação permite que as infraestruturas digitais se ajustem automaticamente à procura, otimizem recursos computacionais e integrem novos serviços com uma muito reduzida intervenção humana.  

Por exemplo, na integração de novos canais digitais (como apps móveis ou interfaces conversacionais), a hiperautomação permite que os serviços sejam disponibilizados com validações automáticas de segurança, políticas de compliance e gestão de versões, reduzindo o tempo de lançamento e o risco operacional. 

Mais do que reagir, os sistemas hiperautomatizados antecipam. Com base em dados históricos e em tempo real, conseguem prever padrões de utilização, identificar obstáculos e propor soluções antes que o impacto se faça sentir. 

Resiliência operacional 

Num setor onde minutos de indisponibilidade podem traduzir-se em milhões de euros perdidos e danos reputacionais severos, a resiliência operacional é um imperativo. 

A hiperautomação reforça essa resiliência ao combinar arquiteturas distribuídas, observabilidade integrada e mecanismos automáticos de recuperação.  

Exemplos práticos incluem a monitorização contínua de sistemas de pagamento, com deteção automática de anomalias e reencaminhamento de fluxos para servidores redundantes sem intervenção humana, ou a gestão de incidentes de segurança, onde bots automatizados isolam segmentos da rede, ativam protocolos de contenção e iniciam diagnósticos em segundos, reduzindo o tempo médio de resposta. 

Infraestruturas hiperautomatizadas isolam falhas, reconfiguram fluxos e mantêm a continuidade dos serviços, aprendendo com cada evento para reforçar continuamente a robustez do sistema — uma vantagem crítica num ambiente altamente regulado e exposto a riscos cibernéticos. 

O papel da liderança 

A hiperautomação não substitui o papel do CIO ou CTO — eleva-o. Ao libertar as equipas de tarefas repetitivas e operacionais, permite que a liderança tecnológica se concentre em arquitetura estratégica, inovação e criação de valor.  

Por exemplo, em processos de onboarding digital, a liderança tecnológica pode focar-se na experiência do cliente e na integração com parceiros externos, enquanto os sistemas automatizados tratam da verificação documental, avaliação e validação regulatória. Noutra área, a gestão de conformidade regulamentar, os algoritmos de machine learning podem analisar alterações legislativas e ajustar automaticamente os parâmetros dos sistemas, permitindo que os líderes se concentrem na estratégia e não na execução. 

A função de gestão de infraestruturas passa assim a ser uma função de liderança estratégica, onde visão, alinhamento com o negócio e capacidade de antecipação se tornam os novos indicadores de sucesso. 

Preparar hoje a banca de amanhã 

A hiperautomação está a transformar silenciosamente os bastidores da banca. Para os líderes tecnológicos, o desafio não é apenas adotar tecnologias, mas integrá-las estrategicamente, garantindo que o crescimento é sustentável, ético e resiliente.  

Escalabilidade e resiliência deixam de ser apenas atributos técnicos — tornam-se expressões da maturidade digital e da capacidade de adaptação de cada instituição financeira. 

Acompanhar este fenómeno não é seguir uma tendência: é preparar a infraestrutura que sustenta a confiança, a inovação e a relevância futura dos serviços financeiros.