A União Europeia tem construído ao longo das últimas décadas uma estratégia digital ambiciosa e multifacetada. Entre diversos regulamentos e diretivas, planos estratégicos de inovação e programas de investimento em transformação digital, tem desenhado um quadro robusto para garantir competitividade, confiança e resiliência. É neste ecossistema em constante evolução que surge a Diretiva NIS2 (Network and Information Security 2), agora transposta para a lei portuguesa, reforçando e harmonizando requisitos de segurança e de continuidade dos serviços essenciais numa economia cada vez mais dependente do digital.
O que implica a NIS2?
A NIS2 é a evolução natural da primeira diretiva NIS, aprovada em 2016. Com esta atualização, a União Europeia pretende harmonizar e elevar os requisitos mínimos de cibersegurança, alargando o seu âmbito a novos setores e aumentando as responsabilidades de gestão e reporte. De notar que a diretiva não se limita apenas a infraestruturas críticas: agora, um conjunto alargado de entidades, públicas e privadas, passam a estar abrangidas pelas mesmas exigências de resiliência e segurança digital.
Relativamente às temáticas sobre as quais esta Diretiva determina um conjunto rigoroso de requisitos, destacam-se:
- Gestão de risco: Implementação de medidas técnicas e organizacionais para identificar, avaliar e tratar riscos;
- Continuidade do negócio e resiliência: Desenvolvimento de planos que assegurem a continuidade dos serviços essenciais, mesmo perante incidentes de cibersegurança;
- Gestão de terceiros: Garantir que fornecedores e parceiros cumprem critérios de segurança para reduzir vulnerabilidades externas;
- Monitorização e gestão de ativos: Manter um inventário atualizado dos ativos digitais críticos para a sua proteção eficaz;
- Gestão e notificação de incidentes: Notificação rápida e coordenada de incidentes às autoridades competentes;
- Supervisão e sanções: Mecanismos mais rigorosos de fiscalização e penalizações para incumprimentos.
Um teste de maturidade
A NIS2 não é uma corrida contra o tempo, mas um exercício contínuo de evolução. Embora existam prazos e obrigações claras, o verdadeiro propósito da diretiva é estimular uma maturidade sustentada, em que as Organizações integrem a resiliência como parte natural da sua gestão e não apenas como uma resposta pontual à regulamentação.
Cumprir a NIS2 significa construir um caminho sólido — um percurso de melhoria contínua em que cada passo reforça o anterior. Não se trata de atingir rapidamente uma meta, mas de consolidar práticas, ajustar processos e fortalecer capacidades, de forma progressiva e coerente com a realidade de cada negócio.
Assim, a conformidade deixa de ser um fim em si mesma e passa a ser um estado dinâmico de preparação: estar em conformidade é, simultaneamente, estar mais preparado para o futuro.
Como a NTT DATA pode ajudar
Na jornada de conformidade com a NIS2 cada organização terá de avaliar o seu ponto de partida, desenhar um caminho adequado e executar as medidas necessárias. A NTT DATA, combinando experiência em estratégia, negócio e tecnologia, pretende ajudar as Organizações não só a cumprir a NIS2, mas também a transformar este desafio regulatório numa oportunidade de reforço de confiança, eficiência e competitividade. Neste sentido, suportados por aceleradores metodológicos e abordagens adaptadas à realidade de cada Organização, asseguramos:
- Diagnóstico e avaliação de maturidade para identificar lacunas;
- Adaptação e otimização dos processos e medidas já existentes, reduzindo esforços desnecessários;
- Apoio à implementação de medidas técnicas e organizacionais alinhadas com os requisitos legais;
- Apoio nos testes, monitorização, reporte e gestão de incidentes;
- Formação e sensibilização das equipas para criar uma cultura interna de segurança.
Com o nosso apoio, as organizações podem transformar o desafio da NIS2 numa vantagem competitiva e num fator de confiança institucional.