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A NTT DATA, empresa global de negócios digitais e prestadora de serviços de TI, acaba de lançar o estudo “Colaborador do Futuro”, o qual procura dar a conhecer as expectativas dos colaboradores e líderes sobre o futuro do trabalho e as competências que estes deverão ter em 2025 – aptidões vistas como diferenciadoras para o futuro do trabalho.
O estudo, que compreendeu um questionário a 3.249 profissionais e entrevistas a 34 líderes executivos de 10 países, revela que cerca de 80% dos colaboradores espera que, no futuro, as empresas respeitem a sua vida pessoal e o seu tempo com a família, amigos ou as suas atividades lúdicas. Quase 97% dos inquiridos afirmam que preferem trabalhar num formato diferente do tradicional (totalmente presencial) e menos de 1,5% dos entrevistados desejam regressar a este modelo.
“O trabalho a partir de casa mostrou que é possível ser-se produtivo sem a necessidade de estar fisicamente presente no escritório. Neste ponto, os portugueses inquiridos destacam-se face aos restantes, privilegiando um modelo flexível, no qual podem escolher entre o presencial e o remoto. As empresas que não acompanharem este movimento poderão sofrer rotações de talento” diz Rute Cardoso Sarmento, Manager da NTT DATA Portugal.
No que toca às expectativas, quase metade dos colaboradores (47%) afirmam ter um nível de preocupação médio sobre a dificuldade em se manterem atualizados face a um mundo em constante mudança, bem como sobre a possibilidade de não conseguirem ter um emprego.
O estudo revela ainda que as qualidades mais apreciadas pelos colaboradores nos próximos cinco anos serão: a capacidade de aprendizagem, a flexibilidade, boa comunicação e o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Quanto aos líderes, os inquiridos esperam que estes sejam mais integradores, tenham maior capacidade para comunicar e escutar as suas equipas, e que tenham ainda a sensibilidade para entender as pessoas e para trabalhar lado a lado com elas – e, além disso, que sejam uma fonte de inspiração.
“Todos os profissionais têm enfrentado grandes desafios, sobretudo devido à pandemia. São eternos aprendizes, em constante desenvolvimento, privilegiando a capacidade de adaptação, flexibilidade, visão inovadora e pro-tecnologia. Na opinião dos executivos e especialistas de RH em Portugal, destacam-se com perfil de líderes, pessoas com sensibilidade para perceber o que está a acontecer com a sua equipa, que saibam escutar e extrair o melhor de cada um, sejam analíticos, proativos e curiosos, com pensamento crítico e capacidade de comunicação.”, diz Rute Cardoso Sarmento.
Saúde mental e apoio para o desenvolvimento profissional
A saúde mental é apontada como um fator preocupante por uma grande parte dos entrevistados. 44% revela um elevado nível de preocupação quanto ao impacto da quantidade de trabalho na saúde mental das pessoas. Outros 43% mostram-se moderadamente preocupados com o tema.
Os participantes deste estudo referem, na sua maioria, o desejo de contar com o apoio das empresas para o seu desenvolvimento profissional. Cerca de 65% dos inquiridos esperam que as empresas do futuro invistam na sua educação e desenvolvimento, no espaço de cinco anos.
Outro fator relevante destacado no estudo diz respeito à criação de uma política de benefícios por parte das empresas. Quase 45% dos inquiridos esperam que as empresas do futuro ofereçam, dentro de cinco anos, benefícios flexíveis, tais como seguro de saúde, subsídio de alimentação, transporte, seguro de vida, creche, etc.
Características dos profissionais do futuro
A maioria dos inquiridos (52%) acredita na importância da aprendizagem contínua, e metade deles afirma que a adaptabilidade será outro fator fundamental a ter em conta no futuro do trabalho. Por outro lado, 44% dos entrevistados acredita que ter um perfil comunicativo, saber interagir ou expressar-se serão fatores diferenciadores entre os novos colaboradores. Outro dado importante diz respeito ao facto de 31% dos inquiridos ter destacado a inteligência emocional como um fator relevante para o futuro, ou seja, ter a capacidade de entender e saber lidar com conflitos em diferentes situações.
Sobre o perfil de um profissional capaz de se destacar no espaço de cinco anos, 81% dos inquiridos responderam que perfis com criatividade acima da média e capacidade analítica terão uma maior importância para as empresas no futuro. Cerca de 84% acreditam que profissionais com uma visão inovadora e uma mente aberta terão um elevado grau de sucesso.
Além disso, 71% afirmam que a capacidade analítica e de olhar crítico serão características importantes e 60% destacam que entender a importância da diversidade como impulsionadora da inovação tem de fazer parte das skills de um profissional de sucesso.
Domínio da tecnologia: fundamental, mas não um fator competitivo diferencial
Para especialistas e executivos, o domínio tecnológico será fundamental – mas apenas como requisito de entrada no mercado de trabalho, não como um fator diferenciador.
“A tecnologia é essencial no suporte a áreas de negócio, otimizando processos e experiências, mas não é sustentável de forma isolada. O lado humano é essencial para criar, analisar, desenvolver e garantir um olhar crítico sobre os resultados. Além disso, quando tudo for digital, o lado humano e a personalização de experiências serão fatores diferenciadores.”, destaca Rute Cardoso Sarmento.
Três em quatro profissionais que responderam ao estudo acreditam que o domínio da tecnologia e da automação terá um elevado grau de importância para as empresas no futuro. 70% acredita que os profissionais que dominem plataformas digitais e tenham facilidade com tecnologia terão uma maior taxa de sucesso no futuro.
Sentimentos: otimismo ou pessimismo sobre o futuro do trabalho?
O estudo recolheu, ainda, um conjunto de considerações a respeito dos sentimentos das pessoas em relação ao futuro do trabalho e, a este nível, 47% dos profissionais revelam-se otimistas, 28% esperançosos e 27% confiantes sobre esta questão.
Outro dado interessante do estudo é o facto de 47% dos profissionais se sentirem curiosos quanto ao futuro do trabalho. Naturalmente, esta curiosidade pode envolver sentimentos negativos como a incerteza, apontada por 29% dos profissionais, a ansiedade, destacada por 15% e também a preocupação, mencionada por 15%.
Imprevisibilidade gera preocupações
Esta imprevisibilidade gera preocupações de nível médio para a maioria dos participantes. O estudo refere que 48% dos entrevistados possuem um nível de preocupação médio sobre o facto das camadas mais jovens passarem a ser mais valorizadas, nos próximos cinco anos, em detrimento do fator experiência.
No entanto, para os especialistas e executivos entrevistados, o que fará a diferença será a atitude, a capacidade e preparação do profissional para lidar com novas situações e desafios.
Outro conflito que aparece com nível mediano de preocupação é a relação humana vs máquina, com 41% dos inquiridos a temer que a tecnologia possa substituir as pessoas em algumas funções.
“Estes pontos reforçam a importância dos colaboradores, todos sem exceção, estarem aptos para aceitar, promover e desafiar a mudança, potenciando a evolução e a aprendizagem constante.”, afirma Rute Cardoso Sarmento.
O colaborador Português
O sentimento do colaborador Português em relação ao futuro do trabalho é otimista, alinhado com os resultados globais. Além de curiosos, otimistas e esperançosos, os Portugueses que responderam ao estudo sentem-se entusiasmados com o que está para vir. No entanto, apesar desta onda positiva, mais de metade está receoso que a quantidade de trabalho afete a saúde mental dos profissionais e mais de 75% apresenta alguma preocupação em não corresponder ao pensamento crítico e inovador exigido no futuro.
A expectativa dos profissionais Portugueses em relação ao mercado de trabalho está muito alinhada com o resto do mundo. Daqui a cinco anos, poderá sentir-se uma migração de talento para empresas que respeitem a vida pessoal, incentivem o desenvolvimento profissional e sejam flexíveis na atribuição de benefícios salariais. Os Portugueses destacam-se face ao resto do mundo no que respeita o formato de trabalho, privilegiando um modelo flexível, no qual podem escolher entre o presencial e o remoto.
A opinião dos profissionais em relação ao perfil do colaborador do futuro é unânime entre Portugal e resto do mundo, privilegiando a capacidade de adaptação, flexibilidade, visão inovadora e pro-tecnologia. Quanto aos líderes, os Portugueses inquiridos preferem pessoas honestas e éticas enquanto os outros países destacam líderes que trabalhem em equipa. Já na opinião dos executivos e especialistas de RH em Portugal, destacam-se como perfis líderes, pessoas que saibam escutar e extrair o melhor da equipa, que tenham capacidade analítica, que sejam proativas e curiosas, com pensamento crítico e capacidade de comunicação.
“Todas essas informações recolhidas a partir do estudo reforçam a visão de um futuro em que a sensibilidade humana será um fator diferencial, tanto para os profissionais, quanto para as empresas”, diz Rute Cardoso Sarmento.
Aceda à versão integral do Estudo “Colaborador do Futuro” aqui.